Prefeitura “leiloa” cestas para garimpeiros Frutal, 16 de outubro de 2008 Hélton Souza /Diário da Regi...

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Prefeitura “leiloa” cestas para garimpeiros
Frutal, 16 de outubro de 2008
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Hélton Souza/Diário da Região
Foto: Tomaz Vitta Neto
03:12 - A Prefeitura de Frutal, em Minas Gerais, vai atender apenas 34 das cerca de 500 famílias que moram no Garimpo do Bandeira. Mais de 100 chefes de família ficaram desempregadas depois que uma operação integrada, desencadeada por autoridades policiais e da Justiça de Minas Gerais, lacrou os equipamentos de prospecção de diamantes e fechou as bicas de mineração às margens do córrego da Olaria por irregularidades. A secretária de Promoção Social de Frutal, Ana Cláudia Brito Marchi, visitou o garimpo ontem e, acompanhada por duas assistentes sociais, realizou um cadastro das famílias que dependem exclusivamente da extração de pedras preciosas do Bandeira. “Eu visitei as casas e 34 famílias foram cadastradas para receber cestas básicas. Por ser uma medida emergencial os alimentos devem ser distribuídos ainda esta semana. Temos muitas outras famílias que trabalham no garimpo, mas elas têm outras rendas, como aposentadoria e trabalham na pesca e na agricultura”, explica.
De acordo com a secretária, o município deve promover cursos profissionalizantes de bordado, pedraria e cabeleireira, com o objetivo das famílias aprenderem uma outra profissão e complementarem a renda. Ela também diz que deve ser feito um recadastramento dos beneficiários do programa Bolsa Família para inclusão de novas familias. Além da necessidade de alimentação, algumas famílias tiveram a energia elétrica cortada por falta de pagamento. Aluguéis também estão atrasados. “Estamos esperando resolver essa situação, mas se continuar assim muitas famílias vão deixar o Bandeira e se mudar para outro lugar”, conta a dona-de-casa Lericlei Marques.
Para ela, a ação da Prefeitura em disponibilizar cestas básicas será apenas paliativa, mas não vai solucionar os problemas da famílias do Bandeira. “Ees podem até vir e distribuir os alimentos, mas vamos sobreviver de ajuda até quando?”, questiona. O garimpeiro João Batista de Oliveira, 38, diz que está com a conta de energia atrasada. “Não sei o que fazer para conseguir dinheiro”, conta. Morador há 26 anos do Bandeira, Gildegan Batista do Nascimento, 33, conta que o filho de 8 anos está com dor no dente desde segunda-feira e não tem dinheiro para comprar medicamento. “Eu não tenho um centavo no bolso.” Ana Cláudia diz que o fechamento do garimpo, que aconteceu há menos de uma semana, não é justificativa para as contas de energia e aluguel estarem atrasadas.
De acordo com a secretária, o município deve promover cursos profissionalizantes de bordado, pedraria e cabeleireira, com o objetivo das famílias aprenderem uma outra profissão e complementarem a renda. Ela também diz que deve ser feito um recadastramento dos beneficiários do programa Bolsa Família para inclusão de novas familias. Além da necessidade de alimentação, algumas famílias tiveram a energia elétrica cortada por falta de pagamento. Aluguéis também estão atrasados. “Estamos esperando resolver essa situação, mas se continuar assim muitas famílias vão deixar o Bandeira e se mudar para outro lugar”, conta a dona-de-casa Lericlei Marques.
Para ela, a ação da Prefeitura em disponibilizar cestas básicas será apenas paliativa, mas não vai solucionar os problemas da famílias do Bandeira. “Ees podem até vir e distribuir os alimentos, mas vamos sobreviver de ajuda até quando?”, questiona. O garimpeiro João Batista de Oliveira, 38, diz que está com a conta de energia atrasada. “Não sei o que fazer para conseguir dinheiro”, conta. Morador há 26 anos do Bandeira, Gildegan Batista do Nascimento, 33, conta que o filho de 8 anos está com dor no dente desde segunda-feira e não tem dinheiro para comprar medicamento. “Eu não tenho um centavo no bolso.” Ana Cláudia diz que o fechamento do garimpo, que aconteceu há menos de uma semana, não é justificativa para as contas de energia e aluguel estarem atrasadas.
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