Detentos iniciam rebelião para tentar agredir acusado de matar menina de 6 anos

A noite de domingo foi tensa na cadeia de Frutal. Os detentos, revoltados com a crueldade do lavrador José Edilson Marques da Costa, que foi preso ontem por ter matado e violentado a menina Letícia, tentaram chegar até a cela onde ele estava para aplicar a “lei da cadeia”.

Desde que foi preso José foi colocado em uma cela separada, chamada de “seguro” dentro da cadeia de Frutal. Para tentar chegar até ele os detentos cerraram as grades de duas celas e ainda atearam fogo em colchões. Foi preciso a ação do Corpo de Bombeiros para conseguir conter as chamas. Dentro da cadeia, a quebradeira foi geral e só foi controlada com a interferência da Polícia Militar. Após dominarem os presos, eles foram levados para o pátio da cadeia e as celas todas revistadas. Após cerca de 3 horas do início de rebelião, os presos foram levados de volta para as celas.

A revolta dos presos demonstra como crimes contra crianças, como praticou José Edilson, causa nojo e enfurece toda a população. Na cadeia, presos como José normalmente sofrem agressões sexuais, além de serem agredidos.

Apesar da rebelião, os presos não conseguiram, ainda, chegar até José Edilson. Porém, conforme fontes da delegacia, ele recebeu ameaças de morte e agressão durante todo o tempo desde que foi levado para dentro da cadeia.

Rodrigo Portari
Fotos: Bombeiros