Xixi em lugar errado
Os três jovens da alta sociedade saíram de uma noitada e, no retorno para suas casas, pararam no estacionamento de um supermercado. Enquant...

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Os três jovens da alta sociedade saíram de uma noitada e, no retorno para suas casas, pararam no estacionamento de um supermercado. Enquanto um deles usava um orelhão, os outros dois começaram a urinar na porta de vidro do estabelecimento. Atento, o vigilante se apresentou, deu uns cascudos nos moços inconvenientes e os pôs a correr.
Duas semanas depois, uma ação estava em juízo, pedindo indenização moral de 1.000 salários a cada um dos dois supostamente agredidos.
"Quando nos desapertávamos fisiologicamente, fomos agredidos com golpes de bastão, o que gerou inúmeras lesões, principalmente de efeito moral" - foi a essência dos dois depoimentos ajustados e ensaiados.
O juiz colheu extensa prova oral. Sentença e acórdão deram pela improcedência dos pedidos. Os desembargadores, no acórdão, destinaram um especial “xixi” de palavras para os mal-educados: "os recorrentes precisam saber que devem fazer suas necessidades fisiológicas somente em local apropriado". O revisor lembrou que "a porta ou a parede de qualquer estabelecimento residencial ou comercial não se enquadram nessa categoria, muito menos quando se trata de imóvel que se destina à venda de produtos alimentícios".
E o vogal perguntou: - Será que, em suas casas, os dois moços fazem xixi na porta de entrada?
No meio social em que vivem, os autores da aventureira ação estão sendo gozados. O advogado também. Na próxima semana sai a conta da sucumbência. Quem vai pagar?
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