PF desbarata quadrilha internacional de contrabando de diamantes com ramificações em Frutal (Vídeo)

Um homem foi preso e cinco mandados de busca e apreensão cumpridos na cidade.

A Polícia Federal prendeu 14 pessoas suspeitas de envolvimento com uma quadrilha que contrabandeava diamantes e outras pedras preciosas para o exterior na quarta-feira (12). As prisões foram efetuadas em Frutal, Uberlândia, em Franca, a 400 km de São Paulo, e na capital paulista.

Em Frutal foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão. O funcionário público, Alcione Máximo Queiroz, morador do garimpo do bandeira foi detido no povoado e levado para Ribeirão Preto pela Polícia Federal. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos empresários, João de Deus Braga, Antonio Marques da Silva, e do ex-vereador Élio Salvo Borem (Jararaca). Segundo familiares de Jararaca, a PF procurava, armas, drogas e diamantes, porém na casa dele nada foi encontrado. 

A PF investigava a ação do bando há cinco meses. Segundo as investigações, a quadrilha há muito tempo explorava e contrabandeava diamantes para o exterior. As pedras eram extraídas de garimpos clandestinos em Diamantina, Frutal e Coromandel, todas cidades do interior de Minas Gerais, e iam para Franca, onde eram lapidadas.
Depois, em aviões que partiam do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, os diamantes seguiam para paises das Américas do Sul e Central, Europa, Ásia e Oriente Médio.

Os envolvidos foram presos nas primeiras horas da manhã, ainda em casa. Em Frutal e Uberlândia, em Minas Gerais, quatro pessoas foram presas. Em São Paulo, uma, e em Franca, houve nove prisões.
Entre os presos, está um israelense, que havia acabado de comprar 90 pedras de diamantes, avaliadas em R$ 1 milhão. Uma pequena pedra pode valer entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, dependendo do grau de pureza e do formato.
Em apenas uma casa em Franca, foram apreendidos R$ 600 mil e US$ 10 mil. Cinco carros também foram apreendidos. A PF acredita que Franca estava concentrando a distribuição de diamantes, explorados ilegalmente em garimpos até de Rondônia.